GESNERIACEAE

Codonanthe devosiana Lem.

Como citar:

Solange de Vasconcellos Albuquerque Pessoa; Tainan Messina. 2012. Codonanthe devosiana (GESNERIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

556.252,689 Km2

AOO:

456,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil, ocorrendo no Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Araujo; Chautems, 2010). Chautems (2003) afirma que a espécie ocorre também no Rio Grande do Sul, mas não em Minas Gerais.Ocorre entre 20 a 300 m de altitude na Reserva Rio das Pedras (Lopes et al., 2005) e entre 400 a 900 m na Serra da Prata (PR, Blum, 2010). Chautems (2003) afirma que a espécie ocorre do litoral a 200 m de altitude, raramente até 1.300 m.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Solange de Vasconcellos Albuquerque Pessoa
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?A espécie é de ampla distribuição e está protegida em diferentes unidades de conservação (SNUC) em todas as unidades da federação onde é encontrada. Fora das unidades de conservação os locais estão sujeitos a perda na qualidade e quantidade de habitat pela constante destruição e alterações pelo homem. Assim é plausível inferir, considerando o número atual de unidades de conservação onde a espécie é encontrada, que a mesma está conseguindo manter subpopulações estáveis.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie com variação nos tricomas, que vão de curtos a adpressos a longos e eretos (Chautems, 2003). Descrição em Chautems (2003).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Pluvial Atlântica, em afloramentos rochosos próximos ao litoral e em Restinga (Lopes et al., 2005) e em restinga arbórea (Ferreira, 2006). Espécie indicadora de formação Submontana (Blum, 2010).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Subarbusto de 15 a 40 cm de altura, epífita, rupícula ou com ramos trepadores (Eggli, 2003). Quando ocorre como forma de epífita, é comum ser encontrada entre 2 e 4 m de altura na árvore-suporte (Kersten; Silva, 2001).Frutifica entre novembro e março (Passos; Oliveira, 2003) e floresce e frutifica ao longo do ano todo segundo Lopes et al. (2005). Chautems (2003) afirma que a espécie floresce de fevereiro a outubro, com pico entre junho e setembro, e frutifica em fevereiro e agosto. É autocórica com diásporo é carnoso (Gonçalves; Waechter, 2003), conferindo dispersão secundária por formigas (Passos; Oliveira, 2003). Ocorre na Mata Atlântica (Araujo; Chautems, 2010), em Floresta Pluvial Atlântica, ocorrendo também em afloramentos rochosos próximos ao litoral e em Restinga (Lopes et al., 2005) e em restinga arbórea (Ferreira, 2006). Espécie indicadora de formação Submontana (Blum, 2010). Ocorre abundantemente sob a sombra, entretanto apresenta populações tolerantes à exposição solar na Reserva Rio das Pedras, RJ (Lopes et al., 2005).

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Aterro, construções, indústria, fogo, poluição do solo, ar e água, desmatamento, sistema de esgoro insuficiente, espécie exótica no litoral sul catarinense. A autora não indica as ameaças diretas sobre a espécie (Ferreira, 2006).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Assentamento humano, turismo, agricultura, extração de palmito e xaxim, na região da baia de Babitonga em Santa Catarina (Berger, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Na Região de Bertioga, onde a espécie ocorre, há a ocupação urbana, ecoturismo, plantio de subsistência, extração de areia. Entretanto os autores do estudo não indicam o local exato de ocorrencia da espécie, suas ameaças diretas ou indiretas, nem ao menos se ela está protegida por alguma unidade de conservação (SNUC) (Simões, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.3.2 Selective logging
Na Reserva Natural do Morro da Mina, PR (Petean, 2009). A exploração comercial da área iniciou em torno de 1930 com extração de minério de ferro, atividade continuada até 1970. Após este ciclo, a atividade econômica passou para a exploração de madeira para carvão, época em que foram instalados os fornos, até hoje observados como relictos isolados na mata. E 1983, o IBDF proibiu o corte de madeira para carvão. Entre os anos de 1985 e 1988 a atividade foi retomada com a retirada de madeira em toras para confecção de compensado. No entanto, apenas em 1995, quando a SPVS efetivamente assumiu a propriedade do imóvel, foi encerrado inclusive o ciclo de interferência realizado pela população local (Petean, 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.2.1 Small-scale
Há a plantação de Elaeis guineensis Jacq. (dendê) na Ilha de Marambaia, RJ (Ribeiro, 2009).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha da flora do Espírito Santo(Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4.2 Establishment on going
Encontrada nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Estação Ecológica da Ilha do Mel (Kersten; Silva, 2001; Kersten et al., 2009), Parque Estadual da Ilha do Cardoso (Passos; Oliveira, 2003), Reserva Rio das Pedras (Lopes et al., 2005) e Reserva Natural do Morro da Mina, PR (Petean, 2009).